domingo, 24 de março de 2013

Pequena homenagem aos conservadores.

Existe uma só noção de Cristandade, existe uma só Civilização Ocidental. Existe um só Conservadorismo, existe uma única possibilidade de dar prosseguimento à ordem social. 
A luta conservadora não gravita em torno da manutenção do status quo. O conservador é revolucionário porém nunca messiânico e materialista, além de não ser crente no progresso humano pelo progresso humano. 
O conservador diz não à mentalidade burguesa pois vê nesta praga a assassina maior das tradições,  construtora do medo,  formadora do espírito meramente mercadológico, emuladora das revoluções materialistas- o que de pior a humanidade já viu e que tantos rios de sangue pariu. O conservador enxerga no ser humano mais que um consumidor, mais que uma militante vulgar descrente do Logos. Para o conservador, o ser humano é integral pois é dotado de habilidades econômicas mas também de congêneres espirituais, psicológicas e intelectuais, que estão bem além das primeiras. 
O conservador não enxerga a liberdade irrestrita como algo positivo, tão pouco o senso demagógico de igualdade- que nas sombras esconde a mais terrível das tiranias. O conservador sabe que o bem comum consonante com a Lei Natural  dá razão à reta justiça, assim como acredita na ordem social e enxerga a desigualdade como natural ao passo que preza pelo princípio de subsidiariedade e solidariedade entre classes, que garantirá um tecido social equilibrado e sadio.
O conservador é metafísico, acredita no transcendente. Não se apega apenas ao efêmero, algo tão importante para a mentalidade burguesa e seu caudatário, que é o espírito revolucionário marxista, a falsa nobreza. O conservador é defensor da Religião pois compreende que esta é a formadora dos valores morais perenes e duradouros, que não vão e vem com as mudanças da sociedade, ou seja, não acredita no utilitarismo. 
O conservador não teme dar a vida por alguém. Não foge à luta e compreende perfeitamente que esta vida é apenas um rascunho, que seu desenho final se dará em outro plano. No prélio, no fogo cruzado, o conservador não se preocupa com o dia de amanhã, com o seu trabalho pois tudo isso passa mas a honra e a coragem ficarão para sempre no legado dos descentes. Poderia se dizer, dessa forma, que o conservador é herdeiro direto da nobreza cruzadista, a mesma que arriscou e deu a vida pela verdadeira liberdade, que não encontra nos desvarios liberais mas sim deságua conscientemente no bem comum e na Lei Natural, tão ao gosto do Logos. O conservador, dentro dessa dinâmica, tem um combate apaixonado, desapegado dos valores materiais e centrado nos sentimentos e valores mais sublimes, no calor ardente de uma vida direcionado pela solidariedade, respeito e amor ao próximo e senso de ajuda aos mais necessitados. 
O conservador é, em suma, alguém que luta com valores espirituais e morais acima das questões cotidianas e ordinárias. Tem no Logos o seu absoluto e na pessoa humana sua beneficiária maior. 


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